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Aventura em todos os cenários

  • 5 de set. de 2011
  • Danilo José Soares Marques
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  • A edição 162 da Aventura&Ação já está nas bancas oferecendo um clássico cardápio de cenários e opções de aventura junto à natureza no Brasil e no mundo.
    A edição 162 da Aventura&Ação já está nas bancas oferecendo um clássico cardápio de cenários e opções de aventura junto à natureza no Brasil e no mundo. Na reportagem especial de capa, uma das grandes mecas da aventura, a Nova Zelândia, exibe suas alternadas e deslumbrantes paisagens, que variam de vulcões com cumes nevados às belas praias, passando pelos parques nacionais que celebram a mais diversa vida ao ar livre. São 16 páginas falando desse paraíso, que é visto como o mundo ideal pelos aventureiros de qualquer parte do planeta.balaonacanastra
    Entre os roteiros especiais, confira os principais atrativos do Petar (SP), que abriga a maior concentração de cavernas do Brasil. Situado no Vale do Ribeira, o Parque guarda vale, montanhas, trilhas e dezenas de cachoeiras em meio à Mata Atlântica preservada.
    Outro prato cheio para quem gosta de se aventurar é a selvagem expedição no Amapá, uma terra para os mais audaciosos, interessados em caminhadas surpreendentes em meio a uma das regiões mais selvagens do mundo. E não para por aí, um roteiro completo em Rondônia também se destaca na edição. Navegar pelo Rio Madeira contemplando árvores centenárias e aves exóticas, conhecer o folclore, a gastronomia e as histórias da Amazônia são alguns dos prêmios para quem chega ao Estado, que guardam mistérios e belezas da Floresta Amazônica.
    Nas editorias esportivas, começamos com um desafiante pedal na Estrada do Céu, na Serra da Canastra (MG), um circuito exigente que alterna serras, cachoeiras, trilhas e cânions que cortam gigantescos campos rupestres, verdadeiros cartões-postais na região de Delfinópolis; virando a página, um relato dos canoístas que remaram de Ubatuba a Parati, um dos trechos mais cênicos do litoral brasileiro. A equipe, pouco experiente, mas com muito astral, passou por mais de 100 praias e viveu intensamente o esporte, a natureza e a cultura caiçara; já a próxima parada é em Abrolhos, na Bahia, que oferece um mergulho no berço das baleias-jubarte, repleto de vida, cores, naufrágios e cavernas; a escalda, dessa vez mais refrescante, acontece em Alagoas, nas novas vias de psicobloc descobertas na região e, ainda, uma homenagem ao escalador Bernardo Collares, uma das personalidades mais admiradas do montanhismo brasileiro que foi vítima de um acidente no Fitz Roy e comoveu a comunidade da escalada no Brasil.
    Além disso, quatro novas editorias estréiam nas páginas da Aventura&Ação: “Na Estrada”, traz o perfil do casal Danusa e Fernando, que resolveu dar um tempo do trabalho e empreender uma volta completa no globo; “Aventura em Família” traz relatos e dicas de famílias que trocaram os passeios em shoppings e parques temáticos por experiências inusitadas e enriquecedora para os pequenos, nessa edição, uma viagem para Costa Rica com a criançada.
    Já no caderno socioambiental, além das estreantes “Turismo de Base Comunitária”, que traz dicas para curtir os roteiros que integram paisagem, cultura e interação com comunidades tradicionais e modos de se relacionar entre si e com a natureza; e“Parques do Brasil”, uma editoria que vai falar um pouco sobre cada tipo de unidade de conservação brasileira, estreando, o Parque Estadual da Ilha Grande, saiba mais sobre o polêmico projeto que pode alterar o Código Florestal Brasileiro e uma reportagem sobre o Dia Mundial da Água.

    Agropecuário dá lugar ao turismo rural na Serra da Canastra

  • 19 de fev. de 2011
  • Danilo José Soares Marques
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  • Materia do Globo Rural que foi ao ar no dia 24.10.2010






    "A necessidade faz o sapo pular". Esse provérbio resume o espírito desta reportagem que fala sobre a berroterapia e o divertido passeio "aquavalo".  Nelson Araújo voltou depois de alguns anos à Serra da Canastra, em Minas Gerais, e viu como o pessoal está se adaptando a uma nova situação. A agropecuária tradicional dando lugar a um turismo rural bastante criativo, como vimos num vale chamado "Vão da Babilônia".
    Em Minas, beleza não paga imposto e na Serra da Canastra, a natureza caprichou: especialmente no cinematográfico Vale da Babilônia onde viemos reencontrar um canastreiro das famílias mais antigas da região, Reinaldo de Almeida.
    Reinaldo já participou de outras reportagens do Globo Rural, ele tinhao maior e melhor rebanho de leite da redondeza. Embora já tivesse trator, plantava arroz naquele sistema antigo, tangia carro de boi. Agora muta coisa mudou.
    Reinaldo é todo prosa com as mudanças que aconteceram. O antigo estábulo onde eram
    ordenhadas mais de cem vacas todo dia, foi desmanchado... Numa parte dele erguido um
    galpão para tralhas de montaria. O casarão-sede foi ampliado e em volta, construídos vários chalés.

    Da primeira vez que estivemos aqui a fazenda do Reinaldo era 90 por cento agropecuária e 10 por cento turismo, hoje está cem por cento turismo. O negócio principal dele era o leite. “Parei por vários fatores, por exemplo, o preço do leite muito baixo, muito trabalho para manter o rebanho, tinha que plantar muita roça, se preparar muito para o período de seca”, explica.
    Fora isso, tem também a nova ordem ambiental. O Vale é vizinho de um parque nacional e ficou proibido se trabalhar como antes queimando pasto, jogando químicos na lavoura.
    A fazenda ainda mantém um gadinho, mas é só prá garantir o leite pro doce e pro queijo. A produção da queijaria complementa a de ovos que vem dos antigos latões na criação das deliciosas quitandas: um biscoitinho de nata, a broinha de fubá de canjica, bolo, o famoso pão de queijo, saidinho do forno, derretendo a manteiga... Iguarias singelas que fazem do café da manhã, por exemplo, um acontecimento. Temperado com conversa de roça.
    Vamos ao primeiro programa do dia: Cachoeira do Berro. Numa grota, onde corre o riacho da água doce, vamos praticar a berroterapia.
    Passada a etapa do conforto na carroceria da camionete, e já todo mundo com roupa adequada, a gente inicia uma longa trilha a pé. O próprio Reinaldo é o guia.
    O trecho de caminho acaba e continuamos a trilha pela água. A grota se estreita e forma um belo cânion. Na Cachoeira do Berro, a água cavou a rocha de cima embaixo por mais de setenta metros.
    É gelada a água que desce da loca. O apelido de Cachoeira do Berro vem da reação instintiva que se tem pelo impacto do jato d´água no corpo. Inevitável um grito primal. Aquele que vem lá de dentro e a gente não consegue segurar.
    Para o corpo igualar esta leveza de espírito, depois da berroterapia, vem uma flutuação, para a qual a gente tem que vestir um duplo equipamento de segurança.
    Você já rolou por uma ladeira sem freio e  sem direção? Fazendo o caminho ao deus-dará? É mais ou menos assim a primeira sensação na descida do rio. Mas, depois dos primeiros trancos, quando se percebe que o perigo não é tão grande assim, a brincadeira
    fica gostosa. O corpo segue flutuando leve, levado no galeio da água ondulada
    pelas pedras.

    Num remanso, quando a calmaria faz a adrenalina baixar um pouco, uma coreografia ajuda no aquecimento. A turma bóia formando uma estrela pedindo pro sol não nos
    abandonar.

    A Serra da Canastra é servida por poucas e péssimas estradas. O melhor jeito de conhecer a região é montar. Quem curte cavalgada tem na canastra um dos melhores roteiros de passeios pelo Brasil.
    O pessoal vem de longe para cavalgar no local. A turma do Waltão, por exemplo, é de Santa Rosa de Viterbo, São Paulo, que fica a mais de duzentos quilômetros do Vale da Babilônia. Eles trazem a tropa de caminhão.
    Duas vezes por ano, a família e os amigos sobem essas escadarias pra apreciar as belezas escondidas nessas montanhas. Os vastos chapadões que a chuva e o vento vêm
    lapidando há milhões de anos. Sentir não só o balanço da sela, mas também do vento no capim, nas pétalas coloridas.

    Sentir o gostinho de andar num lugar diferente, silencioso, afastado. De fazer parte de um
    cartão postal. O Chapadão da Babilônia está num divisor de águas: uma parte das
    nascentes aqui escoa para a bacia do rio Grande, outra corre para o São Francisco.

    O roteiro da cavalgada inclui paradas nas quedas das cabeceiras e, finalmente, chega
    a hora de a água rolar no lombo do cavalo, com o cavaleiro em cima. É o tão esperado passeio aquavalo pelo ribeirão que corta o Vale da Babilônia. É um desafio de equilíbrio pois ao nadar o animal flutua, a gravidade fica reduzida, e a sensação de quem está
    montando é a de cavalgar em suspensão, como se fosse no ar.

    Como aconteceu com nos outros passeios, antes do aquavalo, o Reinaldo deu instruções de segurança. Assim como o bundolete, pra enfrentar a corredeira, pro aquavalo, Reinaldo adaptou um material impermeável que serve de sela.
    Confortável tanto pro cavalo como pro cavaleiro. O estribo tem uma grade que não deixa prender o pé. Dentro d´água, a instrução básica é soltar o freio, segurar na crina do animal, e aproveitar a brincadeira.
    Na primeira vez que o Globo Rural esteve na serra da canastra, no começo dos anos oitenta, não havia nem lugar pra se hospedar. Hoje, há mais de 150 pousadas e hotéis na região.

    Horário de verão termina à meia-noite deste sábado

  • Danilo José Soares Marques
  • Termina à meia-noite deste sábado (19) o horário de verão para dez Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, além do Distrito Federal --nesses locais, os moradores terão de atrasar os relógios em uma hora. O horário de verão está vigente desde o último dia 17 de outubro.
    Segundo dados divulgados nessa sexta-feira (18) pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), a economia de energia no período foi de 4,4% da demanda máxima (entre 18 e 20h), abaixo da média de 5% prevista pelo governo, e em percentual equivalente a R$ 30 milhões.

    Programação Glória Folia 2011

  • 16 de fev. de 2011
  • Danilo José Soares Marques
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  • Coluna Social do Glória na Folha da Manhã completará um ano.

    A coluna social de São João Batista do Glória no diário de circulação regional “Folha da Manhã” completará um ano. E para comemorar, diversas promoções estão sendo preparadas. Você terá descontos  exclusivos em diversas lojas da cidade. Fique atento na coluna social, que é publicada toda quinta feira no caderno B deste jornal. Brindes, descontos de mais de  50% em produtos. Isso e muito mais você conseguirá nessa promoção.


    As regras dessa promoção e os nomes dos comércios participantes serão divulgados no próximo sábado neste Blog, e na próxima quinta feira na edição da coluna social.

    Fiquem ligados. 


    Mau uso das academias ao ar livre pode ter preço alto para a saúde

  • 1 de fev. de 2011
  • Danilo José Soares Marques
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  • Os aparelhos podem causar lesões se utilizados de forma inadequada ou sem orientação de um profissional

    Fonte: A Tribunanet.com - São paulo

    Elas estão espalhadas por vários parques e quadras e são frequantadas diariamente por pessoas que querem se exercitar e manter a saúde em dia. Com um conjunto de equipamentos semelhantes aos de musculação e alongamento, as academias ao ar livre são boas opções para trabalhar todos os músculos, mas precisam ser usadas de forma correta.
    Os aparelhos são adaptados para atender a pessoas de todos os tamanhos e idades, desde que acima de 16 anos. Porque esta é a idade estipulada para evitar acidentes e prejuízos à saúde da criança e do adolescente.

    Isso é o que explica o professor de educação física Fabio Shimanscki. “Enquanto se está na fase de crescimento, deve-se evitar sobrecargas e impactos em cartilagens e ossos longos, sendo essas as partes mais vulneráveis do esqueleto. As crianças podem praticar atividades físicas, mas devem dar preferência a esportes como natação, vôlei, futebol e artes marciais”, destaca.

    Outro alerta que o professor faz é para os idosos que tenham osteoporose. “Se mal orientados, eles podem se exercitar mais do que o indicado e acabar até sofrendo uma fratura. Por isso este grupo deve tomar muito cuidado”, informa.

    A aposentada Tereza Menegon, 50 anos, usa um desses circuitos desde que foi inaugurado. “Só consigo fazer atividade física no parque. Odeio academias de ginástica. Antes só fazia caminhadas, mas agora com a academia ao ar livre tenho outras opções”, comenta.

    Ela conta que recebeu orientação de profissionais no início e, por isso, aprendeu a realizar todos os exercícios de maneira correta. Já o aposentado Joaquim Nogueira, 54 anos, diz que nem sempre que vai à academia tem alguém para orientá-lo.

    Ele afirma que, às vezes, sente que não faz os exercícios corretamente. “Seria bom ter alguém por aqui para nos ajudar. Apesar do painel que explica a função de cada aparelho, tenho muitas dúvidas sobre a realização de alguns exercícios”, explica.

    O professor destaca que a execução incorreta de alguns exercícios, principalmente pelos idosos, pode comprometer os resultados do treino e, o pior, provocar lesões. 

    Informativo da Prefeitura Municipal de São João Batista do Glória

  • 31 de jan. de 2011
  • Danilo José Soares Marques
  • Vale ou não vale a pena este pedacinho do céu?

  • 29 de jan. de 2011
  • Danilo José Soares Marques
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  • Paraíso Perdido - São João Batista do Glória




    Cachoeira Maria Augusta - São João Batista do Glória

    De engraxate a doutor

  • 28 de jan. de 2011
  • Danilo José Soares Marques
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  • Matéria publicada na revista contigo em 29/09/2009 a respeito do gloriense Gil Lúcio Almeida conta como ele saiu de engraxate a doutor. Confira.




    O professor universitário Gil Lúcio Almeida conta como driblou as dificuldades de sua origem humilde para se tornar um homem de sucesso
    De engraxate a doutor


    1o de dezembro de 1988. Ames, estado de Iowa, Estados Unidos. Um rapaz de 28 anos, carregado de malas pesadas, locomove-se com dificuldade escorregando na neve. Precisa chegar à residência universitária rapidamente, senão vai congelar. Está com roupas leves, inapropriadas para o inverno rigoroso. De um carro parado, uma mulher o chama. Ele não compreende o que ela diz. Acha que é uma oferta de carona. 
    Feliz da vida com a súbita possibilidade de fugir do frio, ele abre a porta de trás, joga as malas lá dentro e senta-se ao lado da motorista. A mulher continua falando, em inglês, tentando explicar algo, incompreensível para um brasileiro que acaba de desembarcar nos Estados Unidos e não compreende nada da língua local. Mas, depois de muita mímica, o estrangeiro entende o recado. Ela precisa de ''um empurrãozinho'' para sair com o carro, atolado na camada fina de gelo. 

    O empurrão é dado, o carro escapa do gelo e a motorista, agradecida, lhe dá carona até a Universidade Estadual de Iowa. Quando ele entra em seu quarto e põe as malas no chão, olha pela janela e vê o campus coberto pela neve. Se Neil Armstrong disse a frase ''um pequeno passo para o homem, mas um passo gigantesco para a humanidade'' quando pisou na Lua, o estudante de pós-graduação Gil Lúcio Almeida poderia dizer com orgulho sobre aquele desembarque: ''um passo pequeno para um homem, mas um passo gigantesco para o Gil Lúcio.'' 

    Mineiro de São João Batista da Glória, quinto filho de uma família de seis irmãos, Gil chegava na universidade norte-americana para fazer o seu tão sonhado PhD em fisioterapia. Ia virar doutor. Era uma grande realização para alguém que nasceu em uma área rural, passou por dificuldades de toda ordem e que, aos 8 anos, cursava o primário pela manhã e trabalhava como engraxate à tarde para ajudar a família. 

    ''Sapato incolor é o mais difícil. Se não tomar cuidado...'' 
    Hoje, aos 49 anos, de terno e gravata, aboletado em sua sala decorada com sofás de couro, na região da Avenida Paulista, em São Paulo, o presidente eleito do Conselho de Fisioterapia Ocupacional do Estado de São Paulo ensina a arte de engraxar sapatos: ''Sapato incolor é o mais difícil. Se não tomar cuidado, mancha o couro. Isso é pior que sujar a meia do cliente com graxa. Dá um trabalho danado.'' 

    Gil Lúcio começou a trabalhar cedo. Seu pai, o lavrador João Galdino Sobrinho, criava a molecada na base do cabresto curto. Não deixava os filhos ficarem na rua jogando bola. Além de rigoroso, era cético. ''Meu pai não acreditava que o homem tinha chegado na Lua, mas em disco-voador ele acreditava.'' O motivo era simples: João Galdino havia presenciado um voo rasante de um desses objetos voadores não-identificados, lá no interior mineiro. ''Eu era criança e estava dormindo na traseira de um caminhãozinho. Meu pai parou o veículo e desceu para fazer uma entrega. De repente, ele me sacodiu e perguntou se eu tinha visto aquilo. Ele estava apavorado. Disse que era um disco-voador, bem grande e iluminado. O objeto havia passado por cima da cabeça dele. Eu só acreditei porque foi meu pai quem disse. Ele não era homem de falar mentira.'' 

    Alvo de um ataque fulminante de abelhas africanas 
    Além de escapar da abdução, Gil Lúcio precisou superar muitas barreiras até desembarcar na Universidade de Iowa. Antes de completar 8 anos, ele e a família viveram em uma chácara em São João Batista da Glória. Tinha riacho, brejo e bichos. ''Um domingo, a gente vinha voltando da missa quando vimos que nossa propriedade havia sido atacada. A maior parte dos animais estava morta.'' O local fora alvo de um ataque fulminante de abelhas africanas. 

    O pai ficou desgostoso e trocou a área por dois sítios. A família investiu tudo em plantação. A seca matou as sementes e os sonhos ali investidos. João Galdino arrumou emprego em Itaú de Minas. Decidiu largar a vida no campo. ''Quando íamos embora, caiu uma chuva fortíssima. Tivemos de enfrentar enchente. Quase morremos na travessia de um rio. Era uma ironia terrível para quem tinha perdido tudo por causa da seca. Endividados, a gente sentia no peito uma dor forte. Era a dor do fracasso.'' 

    Gil Lúcio iria descobrir logo que Itaú de Minas não era um dos locais mais aprazíveis para se viver. A cidade estava soterrada por camadas de cimento, proveniente de uma fábrica. O pó cobria casas, calçadas, ruas, plantas e pessoas. Sem dinheiro, com a mãe precisando dividir um ovo entre os filhos, ele andava pela cidade pensando numa forma de ganhar dinheiro. 

    Na porta da fábrica, Gil Lúcio reparou em um detalhe: ''Apesar de toda aquela poeira, percebi que os trabalhadores gostavam de manter os sapatos sempre limpos e brilhantes.'' Depois de um périplo pelo comércio local, ele conseguira os instrumentos necessários para se iniciar na profissão de engraxate: uma caixa de madeira com a saliência para o cliente apoiar o pé, três escovas de dente que um dentista lhe deu, flanelas para o lustro e uma lata de graxa preta. ''Para meu azar, meu primeiro cliente usava sapatos marrons.'' 

    Gil Lúcio estudava na Escola Machado de Assis pela manhã. Chegava na porta da fábrica por volta de 15h e só voltava para casa à noitinha, depois de ter ganho o equivalente a 20 reais. ''A minha mãe sonhava com uma assadeira de vidro transparente. Em casa, nossos utensílios eram todos de ferro, que enferrujava. Lembro que com o primeiro dinheiro que consegui, comprei uma forma para ela. Era uma espécie de passaporte para a modernidade.'' 

    Sempre pensando na educação dos filhos, João Galdino decidiu tirar a família de Itaú de Minas e levá-la para um grande centro onde houvesse ensino superior. Em 1974, Gil Lúcio, seus pais e os cinco irmãos desembarcaram em São Carlos, interior de São Paulo. Ele tinha 14 anos e ia concluir o antigo ginásio. Em seguida, prestou exame para técnico de mecânica. 

    Foi servente de pedreiro, garçom, vendedor de sapatos 
    Nessa época, ele não trabalhava mais como engraxate. Passou por uma série de empregos. Foi servente de pedreiro, garçom, vendedor de sapatos. Sua atuação mais folclórica foi com o negócio de ''frango-cabide''. ''Eu andava com frangos vivos pendurados na ponta de um pau, e cabides na outra ponta. Seguia pela cidade, gritando: 'Frango, cabide! Frango, cabide! Quem vai querer!''' 

    E chegou a hora de fazer o cursinho pré-vestibular para brigar por uma vaga na universidade. Gil Lúcio montou uma ''bancada especial'' em sua casa: ''Arrumei uns blocos de cimento bem resistentes e pus uma tampa de madeira. Espalhei as apostilas por cima e comecei a estudar que nem um maluco.'' 

    Ele queria entrar em medicina. Não conseguiu. Passou em biologia, mas trancou a matrícula. No semestre seguinte, tentou novamente e entrou em fisioterapia. ''Queria cursar fisioterapia para ganhar dinheiro, mas, no meio do curso, me apaixonei pela ciência do movimento.'' 

    Formou-se em 1984. Partiu em seguida para o mestrado. Era uma época de militância estudantil e protestos contra o regime militar. Gil Lúcio era representante comercial e vendia jeans, calçados e chinelos. A pós-graduação iria terminar em 1988. Os colegas sugeriam que ele fizesse o doutorado fora do Brasil. De preferência, nos Estados Unidos. 

    O professor começou a escrever cartas , em um inglês capenga, e a enviar a universidades norte-americanas. ''Professores amigos revisavam o que eu escrevia.'' Um dia, a porta se abriu. ''Recebi uma resposta positiva do professor Jacques Lempers, da Universidade de Yowa.'' O único problema: para ganhar bolsa de estudos, Gil Lúcio precisaria atingir 550 pontos no temível Toefl - o teste de proficiência em língua inglesa. 

    Raspou a poupança e viajou para os Estados Unidos 
    Ele conta que vendeu carro, eletrodomésticos, raspou a poupança e viajou para os Estados Unidos. Foi reprovado na primeira tentativa. ''Fiz 420 pontos.'' Com a ajuda de uma bolsa do Rotary Club, conseguiu ficar mais dois meses por lá. ''Estudei que nem um doido.'' Na segunda tentativa, fez 547 pontos. Não eram os 550 exigidos, mas a universidade achou que ele estava apto e permitiu que se matriculasse no curso de doutorado. 

    Em 1993, Gil Lúcio defendeu uma tese sobre movimento em crianças portadoras de síndrome de Down. Obtinha, assim, o seu título de doutor, o PhD, fechando uma trajetória iniciada na longínqua São João Batista da Glória. Nos anos seguintes, prosseguiria na vida acadêmica. Fez pós-doutorado pelo Rush Medical Center e pela Universidade Illinois de Chicago. 

    De volta ao Brasil, tornou-se professor de pós-graduação em biologia funcional e molecular do Instituto de Biologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e coordenador dos programas de pós-graduação lato sensu em fisioterapia da Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto). Ele também coordena o curso de doutorado no Brasil do New York Institute of Technology. Ao longo da vida acadêmica, formou 17 novos mestres e doutores. 

    Seu João Galdino morreu em 2004, a tempo de ver o filho doutor. Gil Lúcio casou-se duas vezes. Tem três filhos: Gabriela, 13, Barbara, 7, e João Marcos, 6 meses. Foi reeleito, em 2008, presidente do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Estado de São Paulo. A fase dos trocados miúdos, ganhos como engraxate, ficou definitivamente para trás. Sonhos recorrentes, apenas um: ''Estou voando, como se fosse um pássaro.''



    De engraxate a doutor
    Como presidente do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do estado de São Paulo








    De engraxate a doutor




    Durante a infância humilde em São João Batista da Glória, Minas Gerais







    DER/MG divulga dicas para viagem segura durante as férias

  • 27 de jan. de 2011
  • Danilo José Soares Marques
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    Para proporcionar mais segurança aos motoristas que planejam viajar durante as férias de fim de ano, quando aumenta o fluxo de veículos nas rodovias, o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER/MG) divulga algumas dicas. Dirigir com cautela, lembrar que o cinto de segurança deve ser utilizado por todos os ocupantes do veículo e que as crianças devem ser levadas em cadeirinhas apropriadas são alguns dos critérios imprescindíveis para uma viagem segura.


    Circuito turístico Nascentes das Gerais

  • Danilo José Soares Marques
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  • Beleza a perder de Vista!
    O Circuito Turístico Nascentes das Gerais, banhado em uma parte pelo Lago de Furnas e outra pelo Lago de Peixoto, guarda uma diversidade de tesouros ecológicos. O “Mar de Minas”, como é conhecido o lago, foi formado artificialmente por conseqüência do represamento das águas dos rios Grande e Sapucaí, entre outros. Furnas mudou a paisagem local; cidades e matas foram inundadas, dando lugar a cânions, cachoeiras e ilhas. Uma paisagem que se recriou, mas um povo que manteve sua religiosidade e tradição.Criada no ano de 2001, a Associação do Circuito Turístico Nascentes das Gerais , nasceu com a missão de promover o desenvolvimento sustentável do turismo da região, preservar e proteger seu meio ambiente e os seus aspectos culturais peculiares.  Sua sede oficial fica na cidade de Cássia, e sua sede administrativa está localizada em Passos, por ser a cidade-pólo e estar estrategicamente localizada em relação aos atrativos turísticos e aos demais municípios. Hoje o Circuito é composto por dez municípios, sendo eles: Capitólio,Carmo do Rio Claro, Cássia, Delfinópolis,Guapé,Ibiraci, Itaú de Minas, Passos, Pratápolis e São João Batista do Glória.
    Dicas de viagem.
    Em Capitólio o espaço é propício para a prática de esportes náuticos, já que conta com o sofisticado balneário Escarpas do Lago, às margens do Lago de Furnas.Possui também passeios pelo Lago onde os turistas podem desfrutar das belas paisagens e águas límpidas  o que o torna um dos principais atrativos do Circuito., cercado por canyons e belas cachoeiras.  
    Delfinópolis que se localiza entre vales, serras e o lago de peixoto é um município privilegiado,onde possui passeios para o Parque Nacional da Serra da Canastra, além de ter uma grande quantidade de mananciais que abrigam cerca de 180 cachoeiras.É considerado o Paraíso do Ecoturismo.Não podemos também esquecer do artesanato de Delfinópolis um diferencial que mostra o verdadeiro talento e identidade da população local.Constituída por paisagens diversificadas. 
    Cássia, que ainda guarda uma relíquia que atrai centenas de fiéis: um fragmento ósseo de Santa Rita, trazida da cidade de Cascia da Itália, é um dos principais atrativos da cidade fortalecendo cada vez mais o turismo religioso. 
    O município de Guapé que também é banhado pelo Lago de Furnas apresenta seu diferencial,quando conhecemos o Parque Ecológico do Paredão,que conta com varias trilhas que nos levam as mais lindas quedas d’águas da região. 
    Ibiraci é uma pequena e acolhedora cidade mineira que reúne a exuberância de suas paisagens, a beleza da sua cultura, e especialmente, a sua rica e magnífica história. Banhada pelo lago de furnas, com lindas cachoeiras, igrejas que são grandes patrimônios culturais da cidade e considerada a terra do café, Ibiraci é hoje um verdadeiro paraíso a ser explorado. 
    Carmo do Rio Claro O mais completo município do Sul de Minas em termos de diversidade em atrativo turístico. Assim se define o Carmo. Turismo Rural, Aventura, Compra de Artesanato e Náutico são alguns dos exemplos. Passeios de barcos no Lago de Furna emoldurado por serras verdejantes com cachoeiras somente acessíveis por barco. Considerado A Capital Mineira do Artesanato pelos belos trabalhos em tear manual e doces bordados. Altivas Serras de até 1.287 m de altitude próprias para a contemplação e ao vôo livre. À tardinha achegue-se num dedo de prosa junto do fogão de lenha para escutar um causo, e saborear uma quitanda.Há também eventos de entretenimento nas cidades que compõem o Circuito. 
    Em Pratápolis, comemora-se em setembro o aniversario da cidade e a famosa festa do peão que atraia muitos turistas devido a grandes shows realizados,e no final do ano  a principal atração fica por conta da grandiosa festa pratapolense, onde oferece ao publico diversas opções de atrativos, como: congadas, shows pirotécnicos, apresentações de varias bandas e outros. 
    Em Itaú de Minas, ocorre todos os anos a tradicional festa de santos reis, realizada no mês de fevereiro, que atrai companhias de vários estados do Brasil e consegue reunir um público de mais de 10.000 pessoas. No município também esta instalada a maior fábrica de cimento e cal da América Latina,no que confirma sua vocação industrial,sendo a primeira construída em Minas Gerais e a Quinta do Brasil, tornando-a  patrimônio Histórico cultural do município,Estado e Federação.
    Em São João Batista do Glória,considerada uma das mais belas regiões do Brasil,que se localiza entre o Rio Grande e a Serra da Canastra , apreciaremos montanhas,vales e ribeirões de águas cristalinas que por sua vez formam cenários perfeitos para se divertir e descansar. 
    E para quem gosta de compras, Passos é um destino certo, pois conta com um significativo parque industrial de confecção de roupas e de móveis rústicos. 
    A cidade de Passos é a cidade pólo do circuito, e concentra uma infra-estrutura receptiva bastante desenvolvida, com dezenas de hotéis, restaurantes e uma vida noturna agitadíssima, com várias opções de bares. A famosa Avenida da Moda, composta por mais de 150 lojas, transformam a avenida Comendador Francisco Avelino Maia, em um verdadeiro shopping a céu aberto, conhecido nacionalmente. Como se nota, a região oferece várias opções de turismo para pessoas de todos os gostos, sexo e faixa etária. 
    Natureza, sossego, adrenalina, cultura, história, religião, festas, compras, baladas, e muito mais. Neste preservado e encantado recanto de Minas Gerais, privilegiado pela abundância de água, pelos seus deslumbrantes recursos naturais, pela sua cultura diversificada e pela hospitalidade de sua gente, está o Circuito Turístico Nascentes das Gerais. 

    Fonte das Informações: Associação dos Municípios Circuito Nascentes das Gerais.
    **Todas as informações contidas neste texto são de responsabilidade do Circuito Nascentes das Gerais